segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Chuva

Numa dessas belas  noites de de inverno. Chovia bastante, eu acordo, olho pro relógio (que sempre está um tanto quanto atrasado) e ele me indica 3:30 da madrugada, retiro o cobertor de cima de mim e tento me levantar bem devagar ...
Os olhos fixam na janela, vendo a chuva e alguns pingos d'água refletirem no vidro e fico pensando cá com meus botões, como foi linda a noite passada... Como aconteçeu?
Após uma linda noite de jantar com a pessoa amada, sai do carro e dei o ultimo beijo de despedida, enquanto procurava a chave adequada para aquela porta, ele (a) vinha em minha direção, correndo, louco (a) para mais um pouco de amor e prazer.
Fiquei sem ação, apenas deixei-me entregar nos braços daquela pessoa que simplesmente me fazia realizar mais um desejo louco que brotava de dentro de mim. Convido para entrar, a vontade de estarmos um dentro do outro (literalmente) era enorme e cada vez mais a paixão que existia um pelo outro só aumentava.
 Retirando-se a roupa lentamente, um do outro, a chuva começa a "engrossar" e gradativamente, como a chuva, eu ficava cada vez mais louco de desejo.
A mão dele (a) deslizando pelo meu peito, o corpo condizia com os movimentos meus, e ele (a) com uma voz bem suave no ouvido dizendo "Quero você"...
A mão dele (a) descia cada vez mais e eu sempre correspondendo aos movimentos, a "chuva de prazer" só aumentava a mesma medida que a chuva de fora também crescia. Perdemos o controle das emoções, nos deixamos levar, ao ponto de tudo o que fizemos ficar guardado eternamente, pedimos prazer a cada movimento, a cada palavra e a cada gesto.
A troca da carinhos foi intensa, os lábios dele (a)  querendo se deliciar com o meu corpo e eu simplesmente correspondia a tudo o que ele (a) pedia de forma carinhosa e animalesca ao mesmo tempo. A chuva dá uma tregua, consequentemente a nossa vontade também. Ele (a) volta a vestir a roupa, sai do local onde estávamos, e decidiu ir em bora, talvez para nunca mais voltar. 
O momento especial que talvez nem mesmo o que se intitula divino possa explicar, mas a chuva de prazer só cresce a cada dia e a vontade de tê-lo (a) novamente é igual a cada pingo d'água que desce do céu...