A força da prisão para um ser humano, o faz pensar, agir, e coagir de forma animalesca, talvez nem mesmo as grandes poesias musicais podem fazê-lo se tornar um mestre da canção. A aprisionar o que há de bom, é um crime, um crime que não tem validez e que nem se quer merecia fazer parte de uma sociedade hipócrita e injusta!A poesia transbordou as grades, invadiu as águas e se afogou nos mares. Os peixes engoliram versos, borbulharam rimas, confundiram as quadras e se quebrou a métrica. O farol iluminou a barra, fez brilhar a música que se juntou ao poema e que se fez canção. A canção se foi cantada nos bares, se alegrou o ébrio que se perdeu no ritmo e se iludiu na noite, se encontrou caída na beira da calçada, a música encharcada com cheiro de cachaça, imunda e de pés no chão.
A poesia se fez música, música se fez poesia, tocou-se não só as notas mais provincianas que se possa escutar, como um DÓ, RÉ, MI, FÁ... Mas a música que se tornou poesia, tocou os corações apaixonados pelos desejos carnais. A música que se fez poesia, se transformou em água, correu os 4 cantos do universo e depois se dissipou com a força humana.
A música, se trancou para o seu próprio cárcere e se calou para não ter que mais ouvir as vergonhosas melodias provinientes de péssimos gostos. Já a poesia se torna cada dia mais viva e mais forte para os corações apaixonados de pequenos autores (como este que vos fala). A música sente-se vorgonhada, humilhada e ao mesmo tempo enojada de tantos sub grupos criados para satisfazer o desejo de seres que se dedicam a perder seu tempo com tantas babozeiras. Já a poesia, cresce a cada dia a cada segundo, dentro das imaginações imperfeitas destes mesmos seres...
A música se tornou aprisionada e a poesia está livre, lutando a cada dia contra o que á de péssimo...
